Hamlet e a filosofia
A relação de Hamlet com a filosofia pode ser elaborada segundo duas abordagens distintas. A primeira segue uma visada histórica, baseada na pesquisa das referências que Shakespeare de fato integrou à peça; a segunda diz respeito à recepção da peça, com ênfase nas diversas leituras da tragédia feita por filósofos posteriores a Shakespeare. Na primeira etapa, ligada aos Estudos Renascentistas, privilegiarei a análise das referências da Antiguidade e do período inicial da modernidade usadas na concepção da tragédia. Três correntes filosóficas se destacam nessa análise: o estoicismo de Sêneca, o pensamento político de Maquiavel e o ceticismo de Montaigne. Já a abordagem da recepção da peça passará por comentários de Hegel, Schopenhauer, Nietzsche, Danto, entre outros autores que escreveram sobre Hamlet.