A tragédia como forma: entre a teoria e o drama
Intimamente relacionado ao meu projeto de pesquisa anterior, intitulado O trágico como princípio de contradição: a semântica do amor, da guerra e da harmonia na aurora do pensamento grego, este projeto de pesquisa apresenta-se como seu desdobramento necessário e mais imediato, uma vez que se dedica a avaliar e considerar a expressão do trágico na sua forma mais clássica e propriamente dramática: a tragédia.
A tragédia como forma dramática da antiga poesia grega, seu aparecimento visual e cênico sob a forma original do théatron, é filha desses mesmos tempo e ideário e revela não só participar desse mesmo códice e regimento de linguagem como ser, possivelmente, a sua forma mais eloquente e maturada. O presente projeto visa a verificar nos textos poéticos da tragédia ática a presença desse elemento de contradição do qual a tragédia seria a expressão máxima. Com isto, a análise das tragédias de Ésquilo, Sófocles e Eurípides constituem o material que complementa o conjunto de textos que cobrem o período trágico que ambos os projetos abrangem.